A turbulência de um término

São datas atormentantes.
Dia 3 de dezembro de 2010. Dia 30 de setembro de 1993. Dia 22 de junho de 1994. Dia 26 de dezembro de 2012. Dia 31 de janeiro de 2014. Dia 19 de junho de 2014. Dia 19 de julho de 2014.

São músicas. São lugares. São pessoas. São amigos. São nomes. São planos. São futuros. Redes. Fotos. Palavras... Tudo misto em meu cérebro, aleatoriamente, me atormentando.

Principalmente, são sentimentos.
Paixão e ódio lutam dentro de mim por conquista de espaço. Assim como a indiferença e a esperança. O amor e a amizade.
E o luto. Este comandando tudo!

Me dá a vontade de te xingar. De continuar brigando por tudo que eu li, por tudo de errado que me julgou. Vai ser em vão. Vai se tornar interminável e cansativo. Nenhum dos dois dará o braço a torcer.
Me dá a vontade de te chamar para conversar. Mas a raiva que sinto de tudo que me falou não tornará isso numa paz.
Me dá a vontade de fingir ser outra pessoa, para descobrir realmente o que você pensa sobre tudo isso. Você não é mais o mesmo, isso é evidente. Mas o que te tornou assim? Por que está assim?
Me dá a vontade de poder revisar o passado. Ver, em todos os lados, tudo que pensávamos um do outro e como isso se modificou com o tempo.

Por que tão contraditório? Por que o ciúme? E a falta de sentimento? E as acusações?
Por que acabar nisso?

Por que é tão difícil esquecer?
Por que me atormentar, todos os dias?
E até quando essas perguntas vão me incomodar?

Sigo com uma certa prepotência. Digo aos quatro ventos: AINDA BEM que não preciso de ninguém para sobreviver!
Essas horas, não há como não ser. O egoísmo também vem à tona. É hora de eu ME cuidar, esquecer o resto - Até mesmo o futuro. O futuro, que de uma forma fora planejado com um coadjuvante agora só restou a protagonista. O futuro que terá de ser replanejado depois que eu recuperar meu chão.
O passado, que antes fazia parte do combustível da saudade se tornou um empecilho para seguir em frente.
E vou agradecendo todas os dias por acordar VIVA após mais uma noite melancólica. Neste presente nada agradável vou seguindo...